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Autor: admin

Como não passar mal na sessão de Ayahuasca

Essa é uma questão difícil porque nem sempre está sob nosso controle, mas existem diversas variáveis que impactam no nosso passar mal e que podemos e devemos administrar, vamos falar delas nesse artigo.

Primeiro vamos entender o que é a limpeza e seus formatos, o mais penoso pra mim é o vomito, acredito que pra grande maioria das pessoas, algumas relatam que possuem uma fobia tão grande de vomitar que isso se torna um verdadeiro colosso de martírio.

A limpeza nada mais é que um simples processo de limpar o espirito daquilo que não faz parte do reino Celeste, são impurezas adquiridas principalmente no nosso dia-a-dia, frutos de nossas escolhas do cotidiano, modo de pensar, atitudes, etc. E quiçá, questões até de outras existências, mas que permanecem incrustradas nos diversos corpos que temos (físico, perispírito, astral e mental).

Experimente questionar a Força, mentalmente, no seu momento de limpeza.

– O que é que eu estou botando pra fora?

Me asseguro que você terá respostas.

Falar com a força? E pode?

Pode sim.

Compartilhando com vocês alguns dos insghts que recebi nas infindáveis limpezas que já fiz, dentre as situações que se apresentavam (e as que me lembro) foram: mágoa, ressentimento, ganancia, ódio, vingança, vaidade, a lista é enorme, mas aqui já da pra ter uma ideia daquilo que não entra no reino Celeste, acho que isso é o mais importante, observar que existe uma separação entre o reino Celeste e o reino umbralino. Assim como a água e óleo não se misturam, o Reino Celeste e o umbral também não, o óleo é mais pesado e permanece no fundo enquanto a água permanece em cima, o mesmo se aplica aos reinos, os mais densos permanecem em baixo.

Lembrando que podemos medir tudo por vibração, até a matéria, quanto mais alto fores acessar, mas limpo você deve estar, mais vibrante e iluminado. E isso requer limpeza rs.

Por isso quando tomamos aquela dose grandona e passamos mal, é justamente porque mais limpeza está sendo exigido pra aquela quantidade de DMT ingerida. Em outra perspequitiva, quanto mais alto você for adentrar no reino Celeste, mais puro e limpo você deve estar.

 

Mas a limpeza precisa ser sempre pelo vomito?

Nem sempre, ela pode vir de diversas formas, como a diarreia, lagrimas, bocejo e entidades espirituais terceiras, mas basicamente são essas formas que conheço. Mas a clássica é o vomito.

Já presenciei também, dentro de algumas sessões o estar pleno do início ao fim, sem vomitar. Mas isso aqui da uma reflexão para um outro artigo inteiro.

Não tem outra forma de fazer a limpeza, menos penoso?

Tem sim, e é trabalhando.

Vou compartilhar algumas “técnicas” que deram certo pra mim, para que possamos completar a nossa cerimonia com maior plenitude e menos vomito.

  1. Preparação alimentar pre-trabalho é muito importante. Alimentação frugal, livre de qualquer tipo de animal, açúcar, industrializados, basicamente frutas, verduras, legumes, e grãos.
  2. Subir devagar. Início a sessão com doses menores e vou subindo gradualmente em períodos de tempo de 40’ de intervalo entre cada dose, ate entrar na força ou ate entender onde é o limite. Tomar aquela dose grandona faz a gente subir igual foguete e a chance de passar mal aumenta.
  3. Procuro manter o foco constante nas músicas/hinários. Manter o foco ajuda a gente a não ficar viajando e firmar a corrente do trabalho. (esse é um dos mais importantes), e é por isso que se chama “trabalho”, devemos ter muita disciplina para nos manter focados ao proposito que ali nos trouxe. Além do respeito a todos que fazem parte daquela sessão, dos visíveis aos invisíveis.
  4. A hidratação com água pelo menos 40’ antes da primeira consagração e durante o trabalho procuro ingerir pequenos goles afim de manter o fluxo natural que o corpo pede. Ficar tomando muita água, principalmente depois da ingestão do chá, potencializa a chamada do hugo.
  5. Concentração total no próprio trabalho. È comum desviarmos a atenção pro trabalho do amiguinho, mas ao notar, procuremos voltar pro nosso trabalho, sem abrir brechas para energias estranhas ao trabalho te acessar ou acessar o grupo.
  6. Oração. Conecte-se com o Pai e Mae celestial sempre antes de iniciar qualquer sessão. peça proteção, discernimento, cura, valores celestiais, tudo aquilo que possa te transformar pra melhor, pro céu, pra luz, pra vibrar mais alto.
 

parace óbivio não?

Mas na pratica, depois de um certo tempo, a gente entende que o buraco é mais embaixo, que a disciplina requer esforço, que tem gente que gosta de trabalhar, tem gente que gosta de bagunçar, tem gente que gosta é de viajar e tem gente que gosta de qualquer outra coisa que não seja se conhecer e olhar pra si.

Em resumo, não temos controle total sobre o passar mal, mas podemos ajudar e muito simplismente fazendo o que nós inicialmente nos propomos a fazer, olhar pra dentro. Espero ter colaborado para sua jornada e juntos nos entraremos lá, um pouco mais alto que aqui.

namastê

O feitio de daime

O feitio de daime é, naturalmente, o trabalho mais importante para o Centro e para os filiados, onde se deve ter consciência da participação geral; trata-se de uma obra onde é exigido muito esforço físico e espiritual e que demanda união, limpeza e clareza mental para que se possa produzir o melhor fruto que será comungado nas nossas futuras sessões. Analisaremos apenas questões básicas que são observadas no Centro em conformidade com os Centros da linhagem do Alto Santo.

O jagube, apenas sendo utilizada sua espécie ourinho é cortado no terceiro dia depois da lua nova. Bem entendido, contando-se o dia da lua como sendo o primeiro. Se for de todo difícil a poda geral e o transporte até o local do feitio nesse dia, deve-se proceder ao menos ao corte da base. O jagube deve ser cortado em pedaços de 25 centímetros, com corte reto, evitando-se pontas. Durante a colheita e bateção deve-se evitar pisar no jagube. A raspação/lavagem do jagube só é admitida para se tirarem fungos, terra ou elementos estranhos, com estiletes de madeira ou escovas de roupa. São utilizados os caldeirões nº 60, com capacidade para 130 litros. Nessa medida, em cada panela cabem 32 quilos de jagube  para 6kg de folha (proporção deixada pelo Mestre; folha “morena” ou “preta” – a variedade acreana da chacrona).

Cada duas panelas novas completam-se com 60 litros de água pura natural, onde se apuram 30 litros de cozimento de primeiro grau em cada uma. Em uma terceira panela nova, juntam-se os 60 litros de cozimento obtidos previamente e apuram-se aproximadamente 20 litros de daime de primeiro grau. Essa é a matemática básica, fazer de 8 a 10 litros de daime de primeiro grau.

No Alto Santo só se faz o daime de primeiro grau, o clássico deixado pelo Mestre Irineu, jogando-se fora o conteúdo das panelas após a apuração descrita acima. Não se reapura ou se concentra os daimes de primeiro grau.

Em Centros advindos após a passagem do Mestre, principalmente fora do Acre, houve a necessidade econômica e de mão de obra para se trabalhar melhor o material, daí a criação dos daimes de segundo grau, terceiro, etc. – chamados genericamente de aproveitamento. A regra segue sendo a mesma, dois cozimentos para cada daime, podendo-se no final, reuni-lo e cozinhá-lo diminuindo seu volume, em folha nova (apurados), em material totalmente novo (concentrados), em proporções de 3 por 1, 5 por 1, daime mel ou em outras variadas maneiras de aproveitamento. Quando se está montando a panela, pode-se optar pelo começo/fim com jagube ou com folha, sendo importante que, com o que se começou se termine. Desta forma, são sempre sete camadas alternando-se o material. Começou com bagaço de jagube, folha, pó de jagube, folha, pó de jagube, folha, bagaço de jagube. Começou com folha, pó de jagube, folha, pó de jagube, folha, bagaço de jagube, folha.

Quanto à participação das mulheres, esta é limitada à colheita e limpeza de folhas (quando não estiverem em dias de regra), preparação de alimentos e serviços de limpeza em geral – portanto sumamente importantes, com uso de saias compridas e camisetas com manga, sendo vedada a aproximação em recintos de bateção e fornalha. Não existem trabalhos nos recintos de fornalha com participação feminina.

Aos homens é vedado o uso de bermudas e camisetas sem manga e a todos é exigido o cumprimento da dieta sexual três dias antes do início do feitio e três dias após o fechamento do mesmo.

A alimentação deve ser leve, de preferência macaxeira cozida sem sal e chá de capim cidreira; deve-se manter silêncio a não ser em assuntos que envolvam o trabalho.

A bateção do jagube é manual (vide instruções do Mestre no relato de João Rodrigues Facundes), em marretas de madeira cilíndricas e o cozimento é a lenha (preferindo-se madeira boa ou de lei, que dá pressão). Até isso o Mestre estabeleceu, premiando o bálsamo como a madeira por excelência para se cozinhar o daime. O canto na bateção, se houver, deve ser coordenado por algum membro destacado para esta função.

O Mestre dizia que, em até 3 dias da feitura do daime ele ainda não estava pronto, ou ainda estava se fazendo, portanto não se tem o hábito de tomar o daime novo antes dos três dias finais.  

A História do Rapé

O rapé tem uma história rica e antiga, remontando às civilizações indígenas da América do Sul. Os povos indígenas da Amazônia, como os Yanomami, Ashaninka, Huni Kuin (Kaxinawá), entre outros, desenvolveram técnicas sofisticadas para preparar e usar o rapé em seus rituais espirituais e cerimônias de cura. Acredita-se que o rapé tenha sido introduzido por entidades espirituais para ajudar na comunicação com os deuses e no tratamento de doenças.

Preparação e Ingredientes

O rapé tradicional é feito moendo-se tabaco e misturando-o com cinzas de plantas específicas, como Samaúma, Tsunu, Cumaru, entre outras. A cinza atua como um alcalóide potencializador que facilita a absorção do tabaco pelo corpo e ajuda a purificar e limpar energeticamente o indivíduo que o utiliza.

Usos e Benefícios

Cerimônias Espirituais: O rapé é usado principalmente em cerimônias espirituais para purificação, conexão espiritual e expansão da consciência. Ele é inalado pelas narinas com a ajuda de um “Tepi” (canudo de sopro) ou “Kuripe” (canudo de autoaplicação), permitindo que o usuário entre em um estado de concentração e conexão espiritual profunda. Propriedades Medicinais: Além de seus usos espirituais, o rapé é valorizado por suas propriedades medicinais. Algumas tribos indígenas o utilizam para tratar dores de cabeça, sinusite, resfriados e outras condições respiratórias. Acredita-se que o rapé possa fortalecer o sistema imunológico e limpar as vias respiratórias. Expansão da Consciência: Muitos usuários relatam que o rapé pode facilitar experiências de clareza mental, insights espirituais e percepções profundas sobre si mesmos e o universo. Ele é considerado uma ferramenta para acessar estados alterados de consciência e para integrar aprendizados espirituais.

Aspectos Culturais e Éticos

Respeito às Tradições Indígenas: É crucial que qualquer pessoa que deseje experimentar ou vender rapé respeite as tradições e culturas dos povos indígenas de onde o rapé se origina. Isso inclui aprender sobre as práticas cerimoniais corretas, a sustentabilidade na coleta de ingredientes e o apoio às comunidades indígenas. Consciência Ambiental: A coleta de ingredientes para o rapé deve ser feita de forma sustentável, garantindo que não haja impactos negativos sobre o meio ambiente ou sobre as plantas utilizadas na preparação do rapé.

Legalidade e Regulamentações

Legislação: Em alguns países, o rapé pode estar sujeito a regulamentações específicas devido ao seu conteúdo de tabaco. É importante verificar as leis locais e seguir as diretrizes apropriadas para a venda e uso de rapé. O rapé é muito mais do que apenas um produto de tabaco; é uma parte importante da cultura e espiritualidade das tribos indígenas da Amazônia. Ao explorar e compartilhar informações sobre o rapé em um blog ou site de vendas, é essencial transmitir respeito pelas tradições indígenas, enfatizar os benefícios espirituais e medicinais do rapé e promover uma abordagem consciente e ética em relação à sua utilização.